O vento soprava, balançando as roupas estendidas no varal.
E a garota na janela ficava lá...
Como se estivesse perdida,
Com o olhar pensativo, muito distante
A chuva caía em abundância, derrubando as roupas do varal
E a garota da janela não se movia,
Como se estivesse encantada,
Deixando que a chuva lavasse seu corpo.
O sol, após um tempo, retorna com o calor de sempre.
E a garota da janela se limitava a olhar
Para algum lugar que era só seu.
Questione-me: que lugar seria?
No que pensava?
Que fantasia teria?
Por que importava?
De repente, eu não estava mais curiosa, eu estava comovida.
Estava como a assistir a cena intrigante de um filme.
De certo, não a conhecia, mas já não era uma intrusa,
Por ficar a observá-la.
O sol já estava a se por, e os raios pareciam ter secado seus cabelos.
Mas a garota da janela, não parecia sentir,
Não parecia se importar com o desenrolar da natureza.
Tão próximo e tão distante dela.
A noite chegou, e as luzes foram acendendo.
Na janela ao lado, acendeu uma luz,
e no vão, surgiu alguém que gritou seu nome.
A garota da janela moveu seus lábios em um grande e belo sorriso,
voltando seu olhar para quem a tinha trazido de seus devaneios,
Então, a garota da janela, se levantou
Fechou a janela, e se foi.
Sorrindo e cantarolando.
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