Pular para o conteúdo principal

Palavra conjugada


Sou daquelas que se perturbam,
Que conjuga o verbo
Pra não se perder no texto.
Porque o tempo já se perde,
e se acha.
Ele se encaixa.
No meu, no teu, no vosso
e no conto deles.
Na interação das histórias antigas de minha mãe.
Para ela, palavra conjugada não é tempo,
não diz.
A denotação se faz 
no simples prazer de se lembrar.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dias ao vento

A graça da vida está em se apoderar Do sorriso de um bebê, Do grito de alegria do filho, Do primeiro Beijo, Da maior nota em matemática, Do cheiro da comida da vovó, Do dia da formatura, Daquele passeio em família, E colocar tudo na mente, deixando lá. E em contrapartida, Esvaziá-la. Das lembranças do pesadelo de criança da perda do ente querido, da reprovação na escola, De ser rejeitado pelo primeiro amor, Do segredo que foi descoberto, Das palavras ofensivas, Da partida do melhor amigo... Dos dias tristes que se vão a cada nascer do sol.

Amores

Na maioria das vezes, tenho amor de beira de estrada. Fico a olhar os mais belos e confiáveis que transitam aqui e ali. Mas não arrisco a erguer a saia não mostro a perna não uso o indicador. Mas espero mesmo assim  Em silêncio, uma carona para o futuro. Nas outras vezes, amo de muitos sorrisos Daqueles que pulam no rosto do outro E tomam conta da minha mente perturbando meu sono. Meus amores São apenas de sentir, Sem ficar, Concretos, mas não sólidos. Não são tristes, ou distantes são reais pra mim. Preciso deles,  Para que não se atrofie o coração Para que eu finge que ainda sei amar Afinal, Tornam-se versos livres aqui.

Dom Ruan

  A noite, ele vem e pede um simples cafuné Encosta sua cabeça em mim, cansado e tranquilo. Em uma procura de mais do meu corpo, Acha os meus seios e encontra para si um paraíso. Aquece-me, cheira o meu pescoço em um jogo de sedução No meio de falas doces e sorrisos trocados, eu o desejo. Sinto sua masculinidade, sua proteção, seu apego. Meu desejo mais oculto, minha pura obscenidade Seus lábios famintos nos meus, um adorável prazer e necessidade. Pertenço ao meu ardente protetor, sou a dona dos seus encantos Rendida, submissa, apreciada, todo esse amor tornou se minha vaidade. A noite, ele vem e fica, a cama é a conquista do casamento Meu dom Ruan dorme tranquilo, seu lugar é sempre ao meu lado Sou a mulher dos seus dias, sou sua fonte noturna de desejos Essa paixão é meu troféu, é a minha doce sentença. (De sua esposa e amante) Por Lídia.